terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Romance vampírico: moda ou gênero literário?


Em 2009, quando decidi escrever um suspense vampírico, lembro-me de ouvir alguns amigos comentando “aí, cara! Aproveita que vampiro  na moda!”.
Ouvi tanto aquilo que fui obrigado a refletir se meu desejo de lançar um suspense fantástico era devido ao fato de achar, mesmo subconscientemente, que seria mais fácil ser bem sucedido ao escrever um tipo de história que estava no foco da mídia.

Pensei muito sobre aquilo e decidi que, se fosse escrever uma história com bebedores de sangue, ela teria de ser diferente de tudo que já tinha sido visto, e decidi escrever um suspense com forte referencial histórico. Por isso achei melhor estudar mais, pesquisar e desenvolver melhor o argumento e os personagens, até que me senti à vontade para escrevê-lo em 2012.

“Mas a moda de vampiros passou, cara”, dizem as mesmas pessoas que me incentivaram a escrever, em 2009... E aí? Será que o vampiro é mesmo uma modinha?!

Não posso negar que, depois do CREPÚSCULO, de Stephenie Meyer (hoje uma das ficções mais lidas da história), os romances de vampiros bonzinhos, adolescentes e apaixonados se multiplicaram ao ponto de se tornar uma espécie de epidemia literária. Não condeno quem gosta, mas não faz muito meu gênero... 

Filmes, livros, jogos e até seriados continuam sendo lançados e consumidos por um público fiel, e seria leviano dizer que este não é um subgênero de terror, suspense ou... Romântico (?). 

Mas de onde vem esse interesse que as pessoas têm por vampiros?

Em inúmeras civilizações, e em períodos históricos diversos, encontramos referências aos bebedores de sangue. Eu não me surpreenderia arqueólogos divulgassem desenhos de vampiros pré-históricos pintados nas paredes de cavernas. Acho provável que o homem fale sobre vampiros desde que desenvolveu uma linguagem articulada.

No Brasil, o sucesso de autores como ANDRÉ VIANCO, GIULIA MOON ou KIZZY YSATIS é incontestável. Outros autores vêm ganhando leitores a cada dia, como LEONARDO BRUM, MARCIO TAKENAKA, MARI SCOTTI e muitos outros.

Recentemente tem se falado muito na adaptação do livro ACADEMIA DE VAMPIROS, de Richelle Mead, que conta a história de Rose Hathaway, uma garota meio humana, meio vampira, que tem a missão de defender Lissa Dragomir, princesa de um clã de vampiros. A série já vendeu mais de 3,5 milhões de cópias nos Estados Unidos e figurou por meses entre os mais vendidos da lista do New York Times. Assim como o CREPÚSCULO, a história é protagonizada por vampiros bonzinhos que se alimentam de voluntários, e o cenário da história é uma escola (de vampiros, mas mesmo assim uma escola). O filme foi dirigido por Mark Waters, mesmo cineasta que assina filmes como MENINAS MALVADAS e AS CRÔNICAS DE SPIDERWICK.




E para os meus leitores, que estão ansiosos por um novo suspense, peço que tenham um pouco de paciência, pois o livro está pronto há alguns meses. No entanto, como ainda não tenho data prevista para o lançamento, prefiro não revelar muito sobre o projeto.
Afinal, o suspense é a alma do negócio...

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17 comentários:

  1. Leo! um ótimo post :)

    A mitologia de vampiros e suas variações fazem parte da cultura mundial a um bom tempo.
    Mas Academia de Vampiros é bem diferente de Crepúsculo. Eu particularmente prefiro o vampiro antigo, certas "mudanças" me irritam um pouco. Como por exemplo Drácula do Bram Stoker.

    Gabriel - umpapoentrepáginas.blogspot.com.br

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    1. Oi, Gabriel.
      Tenho a mesma opinião que você. Para mim, vampiro tem que ser maldito.
      Mas lembre-se de que o escritor tem sempre de trazer uma nova visão, fazer pequenas alterações que renovem os gêneros.
      Contanto que o vampiro não brilhe no sol ou tenha medo de sexo, acho que vale a pena experimentar. Heheheh
      Abraço!

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  2. Leonardo,
    Gostei do texto.
    Particularmente, procuro respeitar todos os gostos e tribos, o que não significa que eu tenha minha própria opinião.
    Sempre fui uma apaixonada por vampiros. Meu irmão, que é 12 anos mais velho que eu, me acordava pra assistir filmes antigos do Drácula com ele... então, meu "herói" favorito sempre foi o Drácula desde a mais tenra idade.
    Procurei ler alguns livros da "safra nova". Comprei a Saga Crepúsculo porque uma amiga me disse que eu ia amar, já que eu tinha todos os do André Vianco. Caí nessa! Quase matei a amiga!!
    Não me importo com modificações, adaptações... mas... não deu!
    O vampiro tem que ser minha antítese, ou algo que esteja num lado obscuro que teria medo de mostrar a mim mesma. Vampiro bonzinho pra mim não vinga. Stephenie Meyer que me perdoe, mas a maldição como instinto, nessa lenda específica, é fundamental! ;)
    Beijos e aguardo seu próximo suspense com ansiedade!

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    1. É o que eu acho também, Telma.
      Obrigado pela visita. :)
      Tenho certeza de que você vai amar o livro novo. Mas por enquanto eu estou dependendo da editora.
      Beijão! :)

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  3. Amo vampiros! E para mim não é modinha. Para mim o tema já tem seu espaço na literatura. Claro que o sucesso de Crepúsculo e outros livros vampirescos contribuíram para isso.. E as comparações e referências são inevitáveis. Esse pessoal é tão chato, que fala sobre modinha e etc, que quer controlar tudo o que os outros leem... --' "mimimimii..." Cada um lê o que quer. E eu espero sinceramente que seu livro seja um tapa na cara deles, para darem um tempo e pararem de preconceito.
    Esse ano pretendo lançar um conto de vampiros, diferente de bonzinhos e etc.. me surpreendi ao escrever, porque saiu algo bem mais sombrio do que eu esperava, mas consegui dar meu toque à história.
    Sucesso para nós!
    Beijos!

    http://vivianpitanca.blogspot.com.br/

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    1. Heheheh
      Adorei seu comentário. Hehehe
      Realmente é muito preconceito e muito mimimi!
      Fico feliz em saber que você está experimentando o gênero.
      Vai acabar se viciando! Heheheh
      Beijão e obrigado pela visita!

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  4. Bom, que não se trata de modinha, não dá pra negar, vampiros estão entranhados na literatura mundial desde Drácula, ou antes, sei lá.
    O que há é que os vampiros evoluíram (em alguns livros), mas se na realidade todas as espécies evoluem, pq seria diferente com os seres "mitológicos"?
    Sou muito suspeita em falar, além de completamente apaixonada por vampiros (especialmente os da Anne Rice), também escrevo bastante sobre o assunto (só que os meus não brilham). ;)
    Adorei o post, seu blog é o máximo Leonardo! Beijos!

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    1. Oh, Raquel, obrigado!
      Ter você aqui comigo já faz esse trabalho valer a pena. ^^
      Também adoro os livro da Anne Rice (a maioria deles). Na coluna LENDO COMO ESCRITOR ainda vou falar sobre a autora. Aguarde!
      Beijão e obrigado pela visita!

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  5. Bom, acho que daqui a alguns dias, até respirar vai ser modinha *-* Eu gosto de vampiros, de Crepúsculo,e The Vampire Diaries, e de um Romance. Conheci você e seus livros pelo blog da Dieny <3 E vim parar aqui. Vou esperar pelas notícias desse livros, que pelo o que eu acabei de ler, aposto que vai ser ótimo !! Beijoss

    http://docecomo-ficcao.blogspot.com/

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    1. Oi, Amanda.
      Tudo bem?
      Pois é, a polícia do bom gosto (antiga militância da "boa arte") agora dita as regras na cultura de massa também. Ótimo! Só que não. hehehe
      Apesar de eu não curtir muito a versão romântica dos bebedores de sangue, respeito quem curte.
      Obrigado pela visita!
      Caso tenha interesse em conhecer os livros que já publiquei, basta clicar no título do livro (os atalhos abaixo do template deste blog) para ver os links de compra do livro PRESSÁGIO e do livro O MANÍACO DO CIRCO.
      Beijão!

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  6. Para mim, a melhor roupagem dos vampiros é a da Camarilla, jogo de RPG, que fala das mais variadas versões de vampiros que se criaram, transformando cada uma delas em uma tribo, sem os deixar fugir à imagem de predadores, que é o que eles são, é o que os fez serem transformados em produto de consumo e, por que não, em verdadeiros mitos!?
    Penso que estas outras versões de vampiros "restart" (desculpem-me mas é uma alcunha que me veio à mente quase que instantaneamente), não estão lançando ou trazendo à tona a "modinha" de vampiros, mas, na verdade - PENSO EU - se aproveitam da imagem e do mito para poderem atrair para si a atenção e o fascínio próprio dos hematófagos, já que criar um novo tipo de ser imortal seria remar contra a maré e tornaria dificílimo o autor ser lido e conhecido.
    Quem quer escrever sobre vampiros, que escreva SOBRE VAMPIROS. Qualquer outra coisa que se crie que contrarie o mito de milhares de anos (isso mesmo, milhares, em várias culturas!), é um ser híbrido, gerado do cruzamento de outras criaturas sobrenaturais, que são, acima de qualquer coisa, praticante de falsidade ideológica. Se duvida, consulte Sam e Dean Winchester!
    E tenho dito!
    :-D

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    1. Oi, Edy.
      O Camarilla, de Vampiro - A Mascara, é realmente um livro muito interessante. Ao criar um "sopão" de cultura vampírica, o jogo deu margem a uma infinidade de livros assumidamente "Camaríllicos" ou não.
      Também gosto do conceito de castas distintas. Torna a história mais versátil, do ponto de vista da estética, ação e imagética.
      Se os vampiros bonzinhos são moda, somente o tempo e o gosto popular serão capazes de dizer. Vamos esperar para ver.
      Obrigado pela visita, amigo! ^^

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    2. "Se duvida, consulte Sam e Dean Winchester! " Adorei isso! kkkkkkk

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  7. Leo! Adorei esse post, e indiquei lá nos melhores da semana do blog!
    Beijos

    Meu Meio Devaneio

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  8. Eu penso que um bom livro não é feito da moda - por mais que seja lançado na época que o assunto está em alta, o que faz ele ser bom ou não, é a forma como é tratado, como é narrado. Por isso mesmo quando escrevo não sigo os modismos, não por ser contra eles, mas simplesmente porque muitas vezes não sei como escrever algo com o assunto em questão, e prefiro não escrever a fazer algo porco, por falta de palavra melhor.
    Eu, particularmente, sou fã sim de tramas com vampiros, mas considerando o volume de tramas existentes atualmente, é difícil realmente gostar de uma, porque muitas delas não foram bem escritas... Do mesmo jeito que a literatura Hot, ou seja lá como se chama, que ficou em alta por causa do 50 tons de cinza...
    Não sei se consegui me expressar direito...

    Beijos, Luu
    http://degradeinvisivel.blogspot.com.br

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    1. Oi, Luu.
      Tudo bem?
      Sei como você se sente.
      E você tem razão quanto a ter de sentir segurança para escrever um determinado gênero, não escrever apenas por questão de popularidade.
      Quanto aos livros eróticos, também não acho que sejam novidade, porque já vi publicações do gênero com cem ou duzentos anos.
      Quanto a ser bem escrito ou não, depende de cada caso em particular, né?
      Do 50 Tons eu não gostei. Mas respeito a autora porque o livro é um sucesso de público (apesar da crítica ser bem controversa).
      Obrigado pela visita!
      Super beijo! ^^

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